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Ativistas indignados depois que os legisladores do Rio aprovam o ‘bônus do oeste selvagem’ para a polícia que matam criminosos

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Os ativistas de direitos humanos expressaram indignação depois que o Parlamento do Rio de Janeiro aprovou os planos de pagar aos policiais um “bônus do oeste selvagem” por “neutralização de criminosos” durante as operações.

A mudança é um retrocesso para meados dos anos 90, quando o então governador do Rio, Marcello Alencar, introduziu uma legislação semelhante que causou uma explosão de assassinatos extrajudiciais nas favelas da cidade.

Essa lei foi descartado em 1998após três anos de derramamento de sangue, mas na terça -feira os legisladores votaram por 47 votos a 15 para reviver a política como parte da nova legislação relacionada à polícia civil do Rio. De acordo com a regra, os policiais civis receberiam bônus de 10% e 150% de seus salários por capturar armas de alto calibre e “neutralizar criminosos”.

Os apoiadores da mudança-muitos deles aliados do ex-presidente da extrema direita do Brasil, Jair Bolsonaro-argumentam que um punho de ferro period a única maneira de derrotar as facções de drogas fortemente armadas que governam muitas das favelas da cidade.

Alexandre Knoploch, um legislador do Partido Liberal de Bolsonaro, comparou a política à repressão anti-crime em El Salvador sob seu presidente autoritário, Nayib Bukele, onde um controverso estado de três anos de emergência viu a taxa de assassinato.

“Não há país no mundo que tenha conseguido reduzir seus altos níveis de criminalidade sem assumir posições como essa”, disse Knoploch à Assembléia Legislativa do Rio na terça -feira, prestando a lei como uma maneira de combater criminosos que ele chamou de “escória”.

“Sinto muito, mas se essas pessoas não conseguem entender o significado da civilidade, elas devem ser neutralizadas pela polícia. Se você estiver carregando um rifle, precisa ser neutralizado”, declarou Knoploch.

Mas ativistas e especialistas em segurança derramaram desprezo sobre os planos que agora devem ser acesos verdes ou vetados pelo governador de direita do Rio, Cláudio Castro, outro aliado de Bolsonaro.

“Esse bônus incentiva assassinatos extrajudiciais. É um estímulo perverso à violência do Estado – um convite para o abateAssim,”Disse Antônio Carlos Costa, fundador do grupo anti-violência Rio de Paz.

Henrique Vieira, um congressista federal do Rio, descreveu a legislação como “estúpido, bizarro, desumano, merciless, caro e ineficiente”.

Renata Souza, congressista do estado, disse que a lei daria à polícia “um blanche para aplicar a pena de morte nas favelas”.

Marcelo Freixo, um ativista veterano de direitos humanos e político de esquerda, alertou que a lei afetaria desproporcionalmente os jovens negros das favelas. “A polícia merece receber mais – mas não por matar pessoas”, disse ele.

Especialistas jurídicos disseram ao jornal do Rio additional que a política de “neutralização” period inconstitucional em um país que não permitia a pena de morte.

Carlos Minc, um congressista estadual que ajudou a abolir a lei do “Ocidente Selvagem” nos anos 90, lembrou como a pesquisa havia descoberto que 64% das 1.200 pessoas mataram “em combate” durante esse período morreram de tiros para suas costas, ouvidos e nas costas do pescoço. “Eles eram execuções”, disse ele a repórteres, chamando a lei ressuscitada um passo atrás em um passado violento.

Em 2021, a polícia civil do Rio foi responsabilizada pelo pior dia de violência na história da cidade, quando 28 pessoas foram mortas a tiros durante uma operação em uma favela considerada uma das principais fortalezas da facção do comando vermelho.

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